Da nova cena alternativa mineira, Fugere lança single existencialista

Frederico Arruda, vocalista da banda Fugere
Frederico Arruda, vocalista da Fugere (Foto: Filipe Furtado)

A Fugere, banda pertencente à nova cena da música alternativa, que se reúne em torno do estúdio Canil Recs, em Juiz de Fora/MG, lançou, no dia 14 de junho, o single existencialista Borras de Café. A faixa é a primeira de uma fase mais expansiva do grupo nascido no povoado de Areal, na região serrana do Rio de Janeiro.

Em seu novo single, a Fugere “conversa de diversas maneiras com seus contemporâneos”, embora encontre um lugar único na maneira com que aborda os conflitos geracionais sob uma ótica poética, existencial e até surreal.

“Com guitarras cobertas de efeitos que lembram um ‘shoegaze iluminado’ em contraponto com instrumentos acústicos como o violoncelo, Borras de Café se constrói com imagens sonoras de dias nublados ao mesmo tempo que carrega uma sensação de conflitos internos”, diz a banda em comunicado enviado ao Zine Musical.

De acordo com o guitarrista e vocalista da Fugere, Frederico Arruda, “na esfera de construção lírica”, Borras de Café trata de “problemas no campo dos afetos, desilusões graves e iconoclastas no universo da amizade e, também, da despedida de pessoas próximas, seja por morte ou rompimento”.

“Em Borras de Café, basicamente há um eu-lírico ‘sentado no divã’ em um dia chuvoso investigando-se solitariamente sobre causas e motivos dessa quebra de ícones e afetos, sobre o tempo e a morte”, explica Arruda.

O frontman acrescenta que, se fosse definir Borras de Café em ritmos, “diria que é uma música que dialoga com subgêneros como o fuzz folk e orbita ali no que definem mais genericamente como indie rock”. Contudo, o single tem texturas brasileiras de acordes com sétima, emprestados da música mineira, “uma coisa meio Beto Guedes na Página do Relâmpago Elétrico com um arranjo de cordas inspirado em Verocai e nos discos do Nick Drake”.

(Zine Musical)

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